Escrever porquê?
Respostas para ler aqui num artigo do Guardian. Gosto de como o Colm Toibin (o mal encarado da foto aqui ao lado), que admiro bastante, declara que escrever lhe dá muito trabalho, pouco prazer e compensa-o "thank god" pelo dinheiro.
Eu costumo queixar-me de que gostava de apenas escrever na minha vida, mas o meu percurso profissional não me levou por aí e acho divertidas estas opiniões.
Depois lembrei-me de uma conversa sobre futebol noutro dia e de como em Portugal, a maior parte dos jogadores é pouco profissional, no sentido em que encara este desporto não como um trabalho que deve fazer com o maior brio e por tal é principescamente remunerado, mas como uma espécie de passatempo de criança que se estendeu à idade adulta. Uns dias apetece fazer melhor, outros nem por isso.
Fiquei mais tarde a pensar se esta questão do brio, do prazer e do dever não se estenderia de um modo geral ao ser português e se este post não podia ser sobre quase todas as profissões, mas o sol começou a abrir lá fora e apeteceu-me ir até uma esplanada...