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luís soares

Blog do escritor Luís Soares

Escrever porquê?

Respostas para ler aqui num artigo do Guardian. Gosto de como o Colm Toibin (o mal encarado da foto aqui ao lado), que admiro bastante, declara que escrever lhe dá muito trabalho, pouco prazer e compensa-o "thank god" pelo dinheiro.

Eu costumo queixar-me de que gostava de apenas escrever na minha vida, mas o meu percurso profissional não me levou por aí e acho divertidas estas opiniões.

Depois lembrei-me de uma conversa sobre futebol noutro dia e de como em Portugal, a maior parte dos jogadores é pouco profissional, no sentido em que encara este desporto não como um trabalho que deve fazer com o maior brio e por tal é principescamente remunerado, mas como uma espécie de passatempo de criança que se estendeu à idade adulta. Uns dias apetece fazer melhor, outros nem por isso.

Fiquei mais tarde a pensar se esta questão do brio, do prazer e do dever não se estenderia de um modo geral ao ser português e se este post não podia ser sobre quase todas as profissões, mas o sol começou a abrir lá fora e apeteceu-me ir até uma esplanada...

A Árvore da Vida.

Parece que o Terrence Malick, realizador de um ou outro dos meus filmes favoritos ("The Thin Red Line" por exemplo), está já em pós-produção do novo "Tree of Life", com o recém-oscarizado Sean Penn e Brad Pitt (que substitui no elenco do filme o falecido Heath Ledger). O argumento parece girar em torno dos temas habituais do realizador, a interrogação da américa, do tempo, da moralidade, procurando ir mais fundo do que a habitual superfície da película. Como com todos os filmes de Malick, a expectativa é grande. Para mim, pelo menos.