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luís soares

Blog do escritor Luís Soares

Vou ali e já venho.

Confirma-se. Sempre vou ao Teatro Real em Madrid ver estes senhores...

...a fazer isto:

 

 

 

Dizia a apresentação original de Manchester: "The show features scenes from Abramović’s life and career, from her Serbian childhood to her work as a performance artist. With original and traditional music, including songs written and performed by the incomparable Antony (Antony & The Johnsons), this ground-breaking show brought together the worlds of theatre, art and music to thrilling effect.

The Life and Death of Marina Abramović is a once in a generation cultural event, starring Marina Abramović, Willem Dafoe and an international cast of actors and performance artists."

E disse o Guardian, na altura: Throughout, the collaboration of music, light, sound, text and design is exceptional. All of the performers combine high levels of technical expertise with extraordinary emotional intensity. Willem Dafoe's crazed expressionist-style puppet-man is sheer energy; Svetlana Spajić and her group of Belgrade singers are haunting; Hegarty is supernatural and Abramović herself protean. At its least good moments, this production is simply beautiful; but, at its best, it offers something more than the sum of its excellent parts."

A Artista está presente.

Marina Abramovic, que vou ver a Madrid este fim de semana, fez em 2010 uma das suas performances mais impressionantes e badaladas. E para a artista em causa, isso já é dizer muito. Chamava-se "The Artist is Present" falei disso na altura aqui.

Nunca consegui encontrar o livro de fotografias que Marco Anelli terá editado a partir da série "In Your Eyes", precisamente feita nessa performance, mas agora a HBO prepara-se para estrear um documentário sobre a artista sérvia que se chama, precisamente "The Artist Is Present". Esse espero conseguir ver. Passo a citar:

«Elevating traditional documentary techniques with an artistic gloss befitting its subject, “Marina Abramović - The Artist Is Present” is by no means a typical "art film." With total access granted by Abramović and the Museum Of Modern Art, “Marina Abramović - The Artist Is Present” is instead a mesmerizing cinematic journey inside the world of radical performance, and an intimate portrait of an astonishingly magnetic, endlessly intriguing woman who draws no distinction between life and art.»

Aqui abaixo fica o trailer e o cartaz ilustra este post.

 

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The Life and Death of Marina Abramović

Não vi e tive pena. Para o ano terei oportunidade em Madrid, aparentemente, mas também não estou a ver que vá conseguir lá estar, pelo andar da carruagem. "The Life and Death of Marina Abramović" foi apresentado no Festival Internacional de Manchester entre 9 e 16 de Julho deste ano.

Marina Abramović é uma excepcional performer e dela já falei aqui. Neste espectáculo, Robert Wilson, encenador extraordinário (por ele vi o "Alice" e "O Corvo Branco" em tempos idos) re-imaginou a biografia da artista sérvia, no seu estilo luxuoso e minimalista e além da própria, contou no elenco com Willem Dafoe e Antony Hegarty (o mesmo dos Johnsons). Ficam abaixo três vídeos do ensaio geral.




"The Artist is Present"

Impressionante, a performance de Marina Abramovic no MoMA, "The Artist is Present". A senhora Abramovic passa sete horas por dia, cinco dias por semana sentada numa cadeira, do outro lado de uma mesa, à espera que os visitantes se sentem em frente a ela e fiquem, contemplando-se mutuamente. A não ser à sexta-feira, quando são dez horas. Não há limite de tempo. A pessoa que ficou mais tempo ficou seis horas e meia sentada em contemplação da artista presente. Vale a pena ler a reportagem do The Guardian, particularmente a parte sobre o "confronto" com o ex-namorado e colaborador. Vale a pena ler também o texto de Colm Toibin, um dos "famosos" que já ocupou a cadeira em frente à artista. Outros foram Lou Reed ou Rufus Wainwright, por exemplo. As fotografias foram feitas por Marco Anelli, a pedido do MoMa. No vídeo abaixo podem ter uma ideia do que se passa. Estou absolutamente fascinado. Gostava que o DonDeLillo se sentasse também e descrevessa a experiência com o brilhantismo com que descreveu o "24 Hour Psycho" de Douglas Gordon no seu "Point Omega". Mas gostava ainda mais de ir a Nova Iorque e experimentar por mim.