“Reading is solitude,” Italo Calvino once said, embodying the inspiration behind this series. These temples of cultural worship gather communities, and yet the literary experience, and therefore the experience of a library, remains solitary. Giving groups of scholars and peers glimpses into the past, present and future of humanity, literature offers an unparalleled opportunity to explore one's self from within through the unique internal narrative that each reader develops. It is this internal narrative that forms us when we are young, matures with us, and grows when we feed it. It was the first means of travel offered to many and continues to be the most accessible form of escape for millions of people seeking knowledge, the world, themselves. It is with an eye towards this improbable bled of public space and private experience that Poirier displays some of the finest libraries, both classical and modern, across Europe.
Em 1996 a Biblioteca Nacional comemorou os seus duzentos anos de existência com uma exposição que incluía uma peça multimédia, coisa ainda rara nesses tempos. Na verdade, mais não era do que um segmento de vídeo de quinze minutos que passava em loop. O seu título era "A Biblioteca do Futuro" e foi escrito e realizado por mim, sem qualquer experiência ou história, saído da faculdade há dois anos apenas.
Nessa altura, a Internet dava os primeiros passos em Portugal fora do contexto dos cursos de informática e afins. Surgiam as primeiras ofertas comerciais e a ligação à rede global chegava também a sítios relativamente obscuros, como o Centro de Investigação para as Tecnologias Interactivas da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, o sítio onde eu trabalhava.
A ligação à rede fazia-se com algum optimismo a 14.400 bits por segundo - mesmo assim, nem kilo nem mega nem giga e os browsers estavam na sua infância. A pesquisa do que era um conjunto ainda relativamente limitado de conteúdos funcionava benzinho, e nem Google, nem Youtube, nem Facebook faziam parte dos nossos dias.
Perante este contexto, ofereço-vos esse vídeo, "A Biblioteca do Futuro" em 1996, com produção da Latina Europa, câmara de Gonçalo Penalva, mistura e edição áudio de Paulo Castro e edição vídeo de António Forte.